DIVULGAÇÃO: Semana Violetas ao Vento #3

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Olá Leitores, vamos ao terceiro dia da Semana Violetas ao Vento? 
Após a apresentação do livro e a explicação para o título e o nome dos personagens hoje vamos conferir algumas curiosidades que o livro contém, como poemas e a sua inspiração em Florbela Espanca. Vamos conferir ?
A Autora:
Eu como autora e graduada em Letras, nunca fui muito chegada em poesia. No entanto, algo em mim queria se aproximar mais desse universo até então muito abstrato.

Em Violetas ao Vento, eu quis abordar um pouco da poesia; desejava que a minha protagonista gostasse muito dos versos. Com isso em mente, coloquei minha prateleira de livros abaixo em busca das obras de poesia. Devo ter umas 5 ou 6. Quando as achei, folheei, li, mas nada encontrei. Fui até à livraria, porém nada me deu o click necessário.

Pedi opiniões aos meus amigos do facebook, e eles me indicaram poetas. Florbela Espanca logo foi citada, e eu procurei algumas coisas sobre ela (a próxima postagem será sobre essa incrível poetisa). No momento em que vi em sua bibliografia o nome A mensageira das violetas quase tive um treco. Era esse!

Como a obra está em domínio público, baixei e li os poemas, que se encaixaram perfeitamente com as vivências e dores da Violeta. Dessa forma, adotei o livro para a minha criação. Falarei mais sobre a ligação entre ambos na outra postagem.

Além dos poemas de Florbela, que estão presentes no livro, há também trechos de vários outros. Cada capítulo ganhou um poema, que dá uma ideia do que acontecerá no desenrolar do capítulo. Uma das minhas betas chegou a dizer que as poesias eram como uma trilha sonora.

Alguns dos poemas encontrados no livro:

Se perguntas onde fui, devo dizer: o mar.

Estive sempre ali, mesmo estando a mudar.
“Se perguntas onde fui” - Carlos Nejar

Recordo outro ouvir-te,

Não sei se te ouvi
Nessa minha infância
Que me lembra em ti.”
“Pobre velha música” - Fernando Pessoa
 Um beijo é culpa,
Que se desculpa:
Dá?
A borboleta
Beija a violeta: Vá!”
“Beijo” - João de Deus

Florbela foi uma poetisa portuguesa que nasceu em 1894 e morreu em 1930. Suas poesias refletem muito os seus sentimentos, como solidão, desilusão, sofrimento, e passa também pela ternura, paixão, felicidade e, em alguns, erotismo. Alguns dizem que suas poesias são autobiográficas, e não duvido disso.

Em Violetas ao Vento, Violeta ganha de uma amiga um livro da Florbela Espanca, A mensageira das violetas. Ela o lê rapidamente e adora. Daí para frente, passa a citar as poesias de Florbela em determinados momentos. Como as poesias de Espanca retratam muito a solidão, sofrimento e coisas assim, Violeta logo se identifica, pois sua vida não é das melhores. Ela sofre muito por causa da desestrutura familiar, o que afeta a sua personalidade. 
Violeta encontra na poesia um refúgio dos seus problemas, ainda mais nas de Florbela, que a retratam como nenhuma outra já fez; ela se vê espelhada naqueles versos.

Quotes:
— Não precisava, mas obrigada — desembrulhei o presente e vi que ela me dera um livro. Li o título em voz alta: — A mensageira das violetas.
— A sua cara, não é? — perguntou toda animada e não me esperou responder. — São poesias da Florbela Espanca — apontou para o nome na capa gasta. — Ela é portuguesa. Acho que você vai gostar. Comprei em um sebo.
Como podia simples palavras expressarem todo o meu sofrimento? Os versos de Florbela Espanca continuaram a reverberar dentro de mim:
Nesse triste convento aonde eu moro,
Noites e dias rezo e grito e choro!
E ninguém ouve... ninguém vê... ninguém...


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